domingo, 27 de outubro de 2013

SAÍRA MILITAR


Saíra-militar

Tangara cyanocephala, também conhecida como saíra-de-lenço, saíra-de-pescoço-vermelho, soldadinho e verdelim (NE), é um passeriforme da família Thraupidae.
Apresenta três subespécies de diagnoses sutis, muitas vezes até questionáveis, baseadas em tamanho, extensão da faixa vermelha na garganta, tonalidade das cores da cabeça e cor das coberteiras supracaudais (este último caráter mais notável). Os extremos (T. c. cyanocephalaT. c. cearensis) são bem diferenciáveis, entretanto T. c. corallina pode ser apenas uma população intergradante, e não um táxon válido, o que aponta para a necessidade de uma revisão taxonômica do grupo.
  • Tangara cyanocephala cyanocephala: habita desde o sul do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, mais o Paraguai e norte da Argentina (Missiones);
  • Tangara cyanocephala coralina: do litoral de Pernambuco até o Espírito Santo; Distingue-se da forma nominal por ser, em média, um pouco menor; a faixa no pescoço é de um vermelho um pouco mais pálido; a barra amarela na asa é mais estreita e as partes inferiores são mais amareladas.
  • Tangara cyanocephala cearensis: Serra do Baturité, no Ceará. Criticamente ameaçada. Distingue-se da forma nominal e da anterior por ter uma coroa de um azul-arroxeado, penas negras no alto da garganta entre a faixa vermelha e o azul do final da garganta e, principalmente, por possuir penas de cor azul celeste nas coberteiras supracaudais.

    Características

    Apresenta a evidente faixa vermelho vivo ao redor do pescoço e coroa azul metálico no alto da cabeça. Nas fêmeas a faixa vermelha é mais apagada, tendendo à tonalidade canela. Corpo em tonalidade verde uniforme, com dorso negro e faixa amarela sobre as penas verdes das asas. As aves das populações do Sul do Brasil, tendem a apresentar tamanho corporal acima da média de 11 cm. Por sua vez, as saíras-militares do Nordeste são menores, abaixo da média padrão.

    Alimentação

    Frutinhas, insetos, larvas e nectar/pólem de flores. Frequentam pomares. Comumente são vistas alimentando-se em pequenos arbustos e até mesmo sobre vegetação rasteira.

    Reprodução

    Normalmente de setembro a dezembro. Ninhos em formato de taça com 3 ovos, geralmente feito em bromélias e emaranhados de epífitas, à média e elevada altura. Macho e fêmea cuidam dos filhotes.

    Hábitos

    Comumente vistas em bandos mistos com T. desmaresti, Dacnis spp., Tachyphonus spp. e Euphonia spp. Quando em alimentação em fruteiras, os bandos podem incluir T. seledonT. cyanoventris e Thraupis spp.

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