domingo, 27 de outubro de 2013

COLEIRO CANTO MATEIRO


O coleirinho é uma ave passeriforme da família Emberizidae.
Também conhecido como coleiro, coleirinha, papa-capim,papa-arroz ou tui tui. É a espécie mais popular do grupo dos papa-capins, sendo também a mais abundante na maioria dos locais onde ocorre.
Etimologia: Sporophila - do grego sporos = semente + philos = que tem gosto ou predileção por; Caerulescens - do latim caerulescens = azulado. [FRISCH, 338]
Como todos os outros membros do gênero Sporophila, pode ser chamada de “papa-capim” acompanhada de algum outro adjetivo. Sporo é semente e, phila provem de phyllo que significa afinidade. seriam realmente os “que tem afinidade com sementes” ou “papa-capim”. A denominação caerulescens significa azulado, possivelmente pela intensidade do negro de suas penas possuirem um tom azulado.


PRINCIPAIS AMEAÇAS:

Captura indiscriminada para apreciadores de pássaros canoros e tráfico de animais.

Características

Mede 12 cm. O macho, com seu inconfundível colar branco e negro recebeu essa denominação. Além do colar, ao lado da garganta negra um “bigode” branco define a área sob o bico amarelado ou levemente cinza esverdeado. Existem machos com peito branco e outros com peito amarelo. Os machos de peito amarelo não constituem uma subespécie diferente, como muitos pensam, mas apenas um morph ou forma alternativa. Seu canto sofre grande variação regional.
A fêmea é toda parda, mais escura nas costas. Sob luz excepcional, é possível ver que ela também possui o esboço do desenho da garganta do macho. Os machos juvenis saem do ninho com a plumagem idêntica à fêmea. As fêmeas não são canoras.

Alimentação

Congregam-se nos capinzais soltando grãos e usam o bico forte para quebrar as sementes. O nome papa-arroz vem do hábito de também usarem plantações de arroz como fonte de alimentação. Além do arroz, adaptaram-se às várias gramíneas trazidas da África e acompanharam a expansão da pecuária nas áreas anteriormente florestadas. Aprecia os frutos do Tapiá ou Tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

Reprodução

No período reprodutivo (outubro a fevereiro), o casal afasta-se do grupo e estabelece seu território. No início o ninho é construído pelo macho e todas as demais tarefas correspondem à fêmea, ficando o macho com a atribuição de cantar para afastar outros coleiros da área. Apesar de viver nas áreas abertas, procura árvores da borda das matas nos horários quentes do dia e nidifica em árvores e arbustos do contato mata/campo aberto. O ninho, feito à base de gramíneas, raízes e outras fibras vegetais é construído em forma de tigela rasa sobre arbustos a poucos metros do solo. A fêmea põe geralmente 2 ovos, que são incubados por cerca de duas semanas ou menos, cada fêmea choca 3 ou 4 vezes por ano. Os filhotes abandonam o ninho após 13 dias de vida e com 35 dias, já estão aptos a comerem sozinhos, e atingem a maturidade sexual logo no primeiro ano de vida, podendo viver em média de 10 a 12 anos.

Hábitos

Fora do período reprodutivo, é uma ave de comportamento gregário, vivendo em grupos de 6 a 20 indivíduos, inclusive as vezes formando grupos mistos com outras espécies de papa-capins e tizius. O peso e tamanho reduzidos permitem a esta ave alcançar as sementes de gramíneas trepando pela haste das plantas. Assim como outras aves o coleirinho foi beneficiado pela introdução de algumas gramíneas africanas, especialmente da braquiária, que parece ser a base de sua alimentação em áreas alteradas pelo homem. As populações mais meridionais são migratórias e deslocam-se para latitudes mais baixas nos meses mais frios.

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