COMPARTILHEM PARA AJUDAR O BLOG
Ocorrências registradas no WikiAves
Trinca-ferro-verdadeiro
O trinca-ferro-verdadeiro é uma ave passeriforme da família Thraupidae, sendo um dos pássaros silvestres mais apreciados pelo brasileiro, especialmente pelo seu canto.
No Brasil existem cerca de oito formas do gênero Saltator, todas relativamente parecidas. Apenas uma das espécies, o bico-de-pimenta, é bem diferente, pois uma máscara preta desce até a garganta, e o bico tem uma cor laranja bem intensa. É muito caçado e apreciado por seu belo canto.
Também é chamado de trinca-ferro, bico-de-ferro, tempera-viola, pixarro, pipirão, estevo, papa-banana (Santa Catarina), titicão, tia-chica, chama-chico (interior de São Paulo) e joão-velho (Minas Gerais).
Nome Científico
Seu nome científico significa:: Saltator similis⇒ Dançarino semelhante ao tangará.Como os termos latino Saltator e tupi Tangara têm a mesma transliteração - dançarino - encontrou-se no termo similis para o Saltator similis a forma de se demonstrar o motivo da utilização dessa terminologia.
Características
Um pouco menor do que outras espécies do mesmo gênero, possui o mesmo bico negro e forte que originou o nome comum dessas aves. Como no tempera-viola (Saltator maximus), apresenta dorso verde, cauda e lados da cabeça acinzentados. A listra superciliar é a mais comprida das três espécies (ave adulta), com o “bigode” menos definido e a garganta toda branca. Por baixo, domina o cinza nas laterais, tornando-se marrom alaranjado e branco no centro da barriga. As asas são esverdeadas. O juvenil não possui a listra tão extensa, sendo a mesma falhada ou inexistente, logo após sair do ninho. Alguns juvenis são listrados abaixo.
Bico bastante enérgico e fortificado (o que deu cunho ao nome “trinca-ferro”), com cauda diferenciada em tamanho. Não existem diferenças corporais entre machos e fêmeas.
Seu canto varia um pouco de região a região, embora mantenha o mesmo timbre. Para diferenciar o macho da fêmea é necessário perceber o canto do macho e o piado da fêmea.
Subespécies
Possui duas subespécies reconhecidas:
- Saltator similis similis (Orbigny & Lafresnaye, 1837) - ocorre do leste da Bolívia até o estado da Bahia no Brasil, ao sul até o Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina;
- Saltator similis ochraceiventris (Berlepsch, 1912) - ocorre no sudeste do Brasil, do sul do estado de São Paulo até o Rio Grande do Sul.
Aves Brasil CBRO - 2015 (Piacentini et al. 2015); (Clements checklist, 2014); ITIS - (Integrated Taxonomic Information System - 2015).
Alimentação
O trinca-ferro-verdadeiro é um típico onívoro, alimentando-se de frutos, insetos, sementes, folhas e flores (como as do ipê). Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Na infância, seu regime alimentar é predominantemente animal. O macho costuma trazer alimento para sua fêmea.
Reprodução
O ninho, construído em arbustos a 1 a 2 metros de altura, é uma tigela espaçosa, com cerca de 12 centímetros de diâmetro externo, feita com folhas grandes e secas seguras por alguns ramos, resultando uma construção frouxa; no interior são colocadas pequenas raízes e ervas. Os 2 ou 3 ovos, alongados, medem cerca de 29 por 18 milímetros e são azul-claros ou verde-azulados, com manchas pequenas e grandes no polo rombo, formando uma coroa. Durante o período de reprodução, vive estritamente aos casais, sendo extremamente fiel a um território.
Hábitos
Vive em capoeiras, bordas de matas e clareiras. Está sempre associado às matas, ocupando o estrato médio e superior.
Distribuição Geográfica
Distribui-se na parte central do Brasil e nordeste, na Bahia ao sul do País, no Rio Grande do Sul e toda a região Sudeste, além de fronteiras vizinhas internacionais, como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Ocorrências registradas no WikiAves
Referências
- Ambiente Brasil - disponível em http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/aves/trinca-ferro_(saltator_similis).html Acesso em 04 nov. 2009
- SESC - Guia de Aves do Pantanal - disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/302.htm Acesso em 04 nov. 2009
Consulta bibliográfica sobre as subespécies:
- CLEMENTS, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan, and C. L.. The Clements checklist of Birds of the World: Version 6.9; Cornell: Cornell University Press, 2014.
- del Hoyo, J.; et al., (2014). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona.
- ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); Smithsonian Institution; Washington, DC.
- Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.
- The World Bird Database, AVIBASE; http://avibase.bsc-eoc.org/species.jsp?avibaseid=2CF9456D40169C93
Nenhum comentário:
Postar um comentário