CANTO DO PARDAL
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Pardal
O pardal (Passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que as caracteriza como uma espécie cosmopolita. Essa ave tem se expandido pelo espaço rural e, em alguns casos, prejudicado a produtividade agrícola.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) Passer = pardal; e domesticus = de casa, doméstico. ⇒ Pássaro doméstico, ave que habita as casas.
Características
Mede entre 14 e 16 centímetros de comprimento, sendo que sua envergadura está entre 19 a 25 centímetros. Esta espécie apresenta dimorfismo sexual.
Os machos apresentam duas plumagens: (1) durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados. (2) Durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada.
As fêmeas, chamadas de pardocas ou pardalocas, apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos.
Indivíduos jovens apresentam características semelhantes às das fêmeas.
Os machos apresentam duas plumagens: (1) durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados. (2) Durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada.
As fêmeas, chamadas de pardocas ou pardalocas, apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos.
Indivíduos jovens apresentam características semelhantes às das fêmeas.
Subespécies
Possui doze subespécies reconhecidas:
- Passer domesticus bactrianus (Zarudny & Kudashev, 1916) - ocorre no Cazaquistão, Afeganistão e no noroeste do Pakistão.
- Passer domesticus balearoibericus (Von Jordans, 1923) - ocorre na região mediterrânea da Espanha, Ilhas Baleares, França, nos Balcans até a Ásia Menor.
- Passer domesticus biblicus (Hartert, 1904) - ocorre na ilha de Chipre e Turquia, norte da Arábia Saudita, Iraque e no oeste do Irã.
- Passer domesticus domesticus (Linnaeus, 1758) - ocorre na Europa até a Mongólia, e no norte da Manchuria.
- Passer domesticus hufufae (Ticehurst & Cheesman, 1924) - ocorre do nordeste da península Arábica até o norte de Omã.
- Passer domesticus hyrcanus (Zarudny & Kudashev, 1916) ocorre do norte do Irã e na região adjacente do Turcomenistão.
- Passer domesticus indicus (Jardine & Selby, 1831) - ocorre do sul de Israel até o norte da Arábia Saudita, no sul do Irã, Índia, Sri Lanka e Myanmar.
- Passer domesticus niloticus (Nicoll & Bonhote, 1909) - ocorre no nordeste da África (Canal de Suez até o Norte do Sudão).
- Passer domesticus parkini (Whistler, 1920) - ocorre nos Himalaias (Paquistão até o sudoeste do Tibete e Nepal).
- Passer domesticus persicus (Zarudny & Kudashev, 1916) - ocorre na região central do Irã até o sudoeste do Afeganistão e no extremo Oeste do Paquistão.
- Passer domesticus rufidorsalis (C. L. Brehm, 1855) - ocorre no vale do rio Nilo no Sudão.
- Passer domesticus tingitanus (Loche, 1867) - ocorre no noroeste da África, do Marrocos até a Tunísia, Argélia e nordeste da Líbia).
(Clements checklist, 2014).
Indivíduos com plumagem leucística
O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
Indivíduos com plumagem albina
O que é albinismo?
O Albinismo se caracteriza pela perda total dos pigmentos, tanto da melanina quanto dos carotenoides, podendo ocorrer em todo o corpo ou em partes dele. Diferentemente do leucismo, onde apenas as penas perdem a coloração, o indivíduo albino apresenta-se com coloração branca, bico e patas mais claros e os olhos, por não possuírem coloração, apresentam a cor vermelha dos vasos sanguíneos. Um indivíduo albino possui baixa resistência, principalmente ao sol, apresentando visão mais fraca e, às vezes, fotofobia.
Indivíduos com plumagem flavística
O que é flavismo?
Flavismo é a ausência parcial da melanina (nesse caso ainda pode ser observado um pouco da cor original da ave), porém presença de pigmentos carotenoides. A ave flavística ou canela se apresenta com a coloração diluída, devido à perda parcial de melanina, tanto da eumelanina (pigmento negro) quanto da feomelanina (pigmento castanho).
Alimentação
Sua alimentação consiste de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã e mamão.
Reprodução
O ninho é esférico com entrada lateral, feito de capins, penas, papel, algodões e outras fibras, excepcionalmente feito pelo macho. Ele é construído em cavidades e fendas afastadas do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Ninhos de outras aves também podem ser utilizados. Os 4 ovos cinzentos manchados são incubados pelo casal durante 12 dias. Os filhotes são alimentados com pequenos artrópodes e abandonam o ninho com cerca de 10 dias de idade, quando passam por uma dieta vegetariana. Com frequência os filhotes retornam ao ninho para nele dormir, durante algum tempo.
Hábitos
O pardal-comum é bastante abundante ao longo do território, sendo geralmente ubíquo em zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em lugarejos habitados. Ocorre durante todo o ano, podendo formar bandos de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos.
Foi observado no Rio de Janeiro, Botafogo, que o pardal se banha na copa das árvores se esfregando nas folhas úmidas proveniente de sereno e chuvas. (Observação:Alcir Meireles)
Foi observado no Rio de Janeiro, Botafogo, que o pardal se banha na copa das árvores se esfregando nas folhas úmidas proveniente de sereno e chuvas. (Observação:Alcir Meireles)
Predadores
Distribuição Geográfica
Potencialmente ocorre em todo território brasileiro, sendo restrita a áreas com ocupações humanas.
Ocorrências registradas no WikiAves
Referências
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2014.
- GUILHERME, E. 2000. On the arrival of the House sparrow (Passer domesticus) in Southwestern Amazon. Melopsittacus, 3(4): 171-172.
- Instituto Horus - disponível em www.institutohorus.org.br/download/fichas/Passer_domesticus.htm
- Animal Diversity - disponível emhttp://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Passer_domesticus.html
- Aves Portugal - disponível em http://www.avesdeportugal.info/pasdom.html Acesso em 16 jun. 2009.
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