sábado, 7 de novembro de 2015

pardal cantando



CANTO DO PARDAL

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Pardal

O pardal (Passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que as caracteriza como uma espécie cosmopolita. Essa ave tem se expandido pelo espaço rural e, em alguns casos, prejudicado a produtividade agrícola.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) Passer = pardal; e domesticus = de casa, doméstico. ⇒ Pássaro doméstico, ave que habita as casas.

Características

Mede entre 14 e 16 centímetros de comprimento, sendo que sua envergadura está entre 19 a 25 centímetros. Esta espécie apresenta dimorfismo sexual.
Os machos apresentam duas plumagens: (1) durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados. (2) Durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada.
As fêmeas, chamadas de pardocas ou pardalocas, apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos.
Indivíduos jovens apresentam características semelhantes às das fêmeas.

pardal macho

pardal fêmea

pardal jovem

Subespécies

Possui doze subespécies reconhecidas:
  • Passer domesticus bactrianus (Zarudny & Kudashev, 1916) - ocorre no Cazaquistão, Afeganistão e no noroeste do Pakistão.
  • Passer domesticus balearoibericus (Von Jordans, 1923) - ocorre na região mediterrânea da Espanha, Ilhas Baleares, França, nos Balcans até a Ásia Menor.
  • Passer domesticus biblicus (Hartert, 1904) - ocorre na ilha de Chipre e Turquia, norte da Arábia Saudita, Iraque e no oeste do Irã.
  • Passer domesticus domesticus (Linnaeus, 1758) - ocorre na Europa até a Mongólia, e no norte da Manchuria.
  • Passer domesticus hufufae (Ticehurst & Cheesman, 1924) - ocorre do nordeste da península Arábica até o norte de Omã.
  • Passer domesticus hyrcanus (Zarudny & Kudashev, 1916) ocorre do norte do Irã e na região adjacente do Turcomenistão.
  • Passer domesticus indicus (Jardine & Selby, 1831) - ocorre do sul de Israel até o norte da Arábia Saudita, no sul do Irã, Índia, Sri Lanka e Myanmar.
  • Passer domesticus niloticus (Nicoll & Bonhote, 1909) - ocorre no nordeste da África (Canal de Suez até o Norte do Sudão).
  • Passer domesticus parkini (Whistler, 1920) - ocorre nos Himalaias (Paquistão até o sudoeste do Tibete e Nepal).
  • Passer domesticus persicus (Zarudny & Kudashev, 1916) - ocorre na região central do Irã até o sudoeste do Afeganistão e no extremo Oeste do Paquistão.
  • Passer domesticus rufidorsalis (C. L. Brehm, 1855) - ocorre no vale do rio Nilo no Sudão.
  • Passer domesticus tingitanus (Loche, 1867) - ocorre no noroeste da África, do Marrocos até a Tunísia, Argélia e nordeste da Líbia).
(Clements checklist, 2014).

Indivíduos com plumagem leucística

O que é leucismo?
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.

pardal (Passer domesticus)

pardal (Passer domesticus)

pardal (Passer domesticus)

Indivíduos com plumagem albina

O que é albinismo?
O Albinismo se caracteriza pela perda total dos pigmentos, tanto da melanina quanto dos carotenoides, podendo ocorrer em todo o corpo ou em partes dele. Diferentemente do leucismo, onde apenas as penas perdem a coloração, o indivíduo albino apresenta-se com coloração branca, bico e patas mais claros e os olhos, por não possuírem coloração, apresentam a cor vermelha dos vasos sanguíneos. Um indivíduo albino possui baixa resistência, principalmente ao sol, apresentando visão mais fraca e, às vezes, fotofobia.

pardal (Passer domesticus)

pardal (Passer domesticus)

pardal (Passer domesticus)

Indivíduos com plumagem flavística

O que é flavismo?
Flavismo é a ausência parcial da melanina (nesse caso ainda pode ser observado um pouco da cor original da ave), porém presença de pigmentos carotenoides. A ave flavística ou canela se apresenta com a coloração diluída, devido à perda parcial de melanina, tanto da eumelanina (pigmento negro) quanto da feomelanina (pigmento castanho).

pardal (Passer domesticus)

Alimentação

Sua alimentação consiste de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã e mamão.

pardal se alimentando

Reprodução

ninho é esférico com entrada lateral, feito de capins, penas, papel, algodões e outras fibras, excepcionalmente feito pelo macho. Ele é construído em cavidades e fendas afastadas do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Ninhos de outras aves também podem ser utilizados. Os 4 ovos cinzentos manchados são incubados pelo casal durante 12 dias. Os filhotes são alimentados com pequenos artrópodes e abandonam o ninho com cerca de 10 dias de idade, quando passam por uma dieta vegetariana. Com frequência os filhotes retornam ao ninho para nele dormir, durante algum tempo.

Casal de pardal

Ninho de pardal

Ovo de pardal

Filhote de pardal

Hábitos

O pardal-comum é bastante abundante ao longo do território, sendo geralmente ubíquo em zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em lugarejos habitados. Ocorre durante todo o ano, podendo formar bandos de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos.
Foi observado no Rio de Janeiro, Botafogo, que o pardal se banha na copa das árvores se esfregando nas folhas úmidas proveniente de sereno e chuvas. (Observação:Alcir Meireles)

Bando de pardal

Predadores


quiriquiri (Falco sparverius)
 

gavião-carijó (Rupornis magnirostris)
 

gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii)
 

cauré (Falco rufigularis)
 

caburé (Glaucidium brasilianum)
 

Cobra-verde(Philodryas olfersii)

Distribuição Geográfica

Potencialmente ocorre em todo território brasileiro, sendo restrita a áreas com ocupações humanas.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

Galeria de Fotos

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