Gavião-real
O Gavião-real é uma ave accipitriforme da família Accipitridae. É conhecido também como Gavião-de-penacho, Guiraçu (uirá, guirá = ave, açu = grande), Hárpia e Uiraçu.
Embora não seja a maior das aves predadoras do planeta, é tida como a mais forte. Possui bico potente e suas guarras são maiores que as do urso pardo americano, suas pernas tem a grossura de um punho de um homem adulto.
Tem um crescimento populacional muito lento. Este fato, associado à destruição de grandes áreas florestais e à caça indiscriminada, torna a espécie ameaçada de extinção em nosso País.
Programa de Conservação do Gavião-Real: Criado em 1997 pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), sob coordenação da Dra. Tânia Sanaiotti, o projeto busca proteger o gavião-real de suas principais ameaças: a caça e o desmatamento. A despeito do tamanho e da força, o gavião-real é frágil. Reza a lenda na floresta que a ave de garras afiadas ataca pessoas e come crianças, o que estimula a matança. O avanço da fronteira agrícola e da retirada de madeira para a venda é outro fator de risco, uma vez que a espécie precisa de grandes áreas preservadas para sobreviver e só entrelaça o ninho nas árvores mais ascendentes. Para resguardá-la, não resta outro caminho que não a conscientização.
Características
Mede cerca de 105 cm de comprimento e até 230 cm de envergadura. O macho mede cerca 57 cm de altura e pesa 4,8 kg. A fêmea mede cerca de 90 cm de altura e pesa até 9 kg.
Alimentação
Alimenta-se de animais grandes, como a preguiça-real, mutuns, coatás, macacos-prego e guaribas, filhotes de veados, araras-azuis, seriemas, tatus, cachorro-do-mato, iguanas e cobras. É rápido e forte em suas investidas, sendo capaz de arrancar preguiças agarradas a galhos de árvores. Há relato da captura de um macho de guariba que pesava em torno de 6,5 kg.
Reprodução
Faz ninho no alto das árvores maiores, como sumaumeiras e castanheiras, de onde observa tudo ao redor. O ninho, tão grande quanto o de um tuiuiú, é construído com pilhas de galhos. Põe 2 ovos cinza-esbranquiçados entre setembro e novembro, os quais pesam em torno de 110 g e têm período de incubação de 52 dias. Geralmente apenas um filhote sobrevive podendo ocorrer cainismo, levando cerca de 5 meses para voar, e de 2 a 3 anos para se tornar adulto, dependendo dos cuidados dos pais por um ano ou mais. A espécie não se reproduz todos os anos, pois necessita de mais de um ano para completar o período reprodutivo.
Hábitos
Espécie rara, habita florestas primárias densas e florestas de galeria. Vive solitário ou aos pares na copa das árvores. Apesar do seu tamanho, é bastante ágil e difícil de ser visto.
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