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Ocorrências registradas no WikiAves
Alma-de-gato
A alma-de-gato é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Também é conhecida pelos nomes populares de alma-de-caboclo, alma-perdida, atibaçu, atingaçu, atingaú, atinguaçu, atiuaçu, chincoã, crocoió, maria-caraíba, meia-pataca, oraca, pataca, pato-pataca, piá, picuã, picumã, rabilonga, rabo-de-escrivão, rabo-de-palha, tincoã, tinguaçu, titicuã, uirapagé, urraca e pecuã.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (creole) piaye = nome nativo para a ave da família cuculidae, cuco; e do (latim) cayana = originário da Cayenne, ou originário da Guiana Francesa.[FRISCH, 112] ⇒ Pássaro cuco originário da Guiana Francesa.
Características
Apresenta plumagem ferrugínea nas partes superiores, peito acinzentado, ventre escuro, cauda longa, escura e com as pontas das retrizes claras, bico amarelo e íris vermelha.
Sua cauda excepcionalmente grande a torna inconfundível, a não ser na Amazônia, onde existem duas outras espécies próximas, o chincoã-pequeno (Coccycua minuta), que, como o nome diz, é bem menor que a alma-de-gato, e o chincoã-de-bico-vermelho (Piaya melanogaster), que, além do bico, difere por apresentar a barriga negra e por possuir uma mancha amarela próxima ao olho. Mede cerca de 50 centímetros (contando a cauda).
ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
Subespécies
Possui quatorze subespécies:
- Piaya cayana cayana (Linnaeus, 1766) - ocorre no vale do Orinoco na Venezuela, nas Guianas e no norte do Brasil;
- Piaya cayana mehleri (Bonaparte, 1850) - ocorre no nordeste da Colômbia, na Venezuela (nas áreas costeira até o leste na península de Paría);
- Piaya cayana mesura (Cabanis & Heine, 1863) - ocorre na Colômbia no leste da cordilheira dos Andes e no Equador;
- Piaya cayana circe (Bonaparte, 1850) - ocorre no oeste da Venezuela, na região sul do lago de Maracaibo;
- Piaya cayana insulana (Hellmayr, 1906) - ocorre na ilha de Trinidad;
- Piaya cayana obscura (E. Snethlage, 1908) - ocorre no Brasil ao sul do rio Amazonas, na região entre os rios Juruá e Tapajós;
- Piaya cayana hellmayri (Pinto, 1938) - ocorre no Brasil ao sul do rio Amazonas, na região de Santarém até o delta do rio Amazonas;
- Piaya cayana pallescens (Cabanis & Heine, 1863) - ocorre no leste do Brasil, nos estados do Piauí, Pernambuco, Bahia e Goiás;
- Piaya cayana cabanisi (Allen, 1893) - ocorre na região Centro-oeste do Brasil, nos estados de Mato Grosso e Goiás);
- Piaya cayana macroura (Gambel, 1849) - ocorre no sudeste do Brasil até o Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina;
- Piaya cayana mogenseni (J. L. Peters, 1926) - ocorre no sul da Bolívia e no noroeste da Argentina;
- Piaya cayana mexicana (Swainson, 1827) - ocorre na costa do Oceano Pacífico no México, do estado de Sinaloa até o istmo de Tehuántepec;
- Piaya cayana nigricrissa (Cabanis, 1862) - ocorre no oeste da Colômbia e do Equador e também na região central do Peru.;
- Piaya cayana thermophila (P. L. Sclater, 1860) - ocorre no leste do México até o Panamá, no noroeste da Colômbia e nas ilhas costeiras.
Alimentação
Alimenta-se basicamente de insetos, principalmente lagartas, que captura ao examinar as folhas, inclusive em suas partes inferiores. É curioso notar que come até mesmo lagartas com espinhos aparentemente venenosos. Também consome frutinhas, ovos de outras aves, motivo pelo qual é muitas vezes afugentado por suiriris e outras espécies que estejam com ovos e filhotes. Também caça lagartixas e pererecas.
Reprodução
Na primavera, início do período reprodutivo, canta incansavelmente durante todo o dia. O ninho é em forma de panela rasa, feito de galhos frouxamente entrelaçados. A fêmea bota cerca de 6 ovos, que possuem uma casca com aspecto peculiar devido à aparência mineral. Os pais se revezam tanto na incubação, que leva cerca de 14 dias, quanto na alimentação dos filhotes, que permanecem no ninho por cerca de uma semana e passam mais duas na dependência dos pais.
Hábitos
Seu nome em inglês, “squirrel cuckoo”, literalmente traduzido como “cuco-esquilo”, expressa muito bem o comportamento desta ave, que lembra muito os esquilos pelo modo como pula entre as ramagens com sua longa cauda. Já seus dois nomes mais comuns em português, chincoã e alma-de-gato, referem-se respectivamente à sua vocalização e ao seu modo sorrateiro, até mesmo um tanto misterioso. Costuma imitar o chamado de alerta ou perigo de algumas aves como o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) e Maria-cavaleira (Myiarchus ferox) para poder capturar insetos que se desprendem da ramaria, consequência dos movimentos provocados pela movimentação de outras aves. Observação pessoal Vitor Herdy. Apesar de seu tamanho, consegue se deslocar sem ser facilmente notado. Ocorre em matas ciliares, matas secundárias, capoeiras, parques e bairros arborizados até mesmo das maiores cidades brasileiras. Habita os estratos médio e superior dessas matas, deslocando-se através da copa das árvores e arbustos, quase nunca descendo ao solo. Anda sozinho ou aos pares. É uma ave que gosta de planar e, para isso, apresenta duas caudas, uma interna e outra externa. Para voar abre a interna (que é a listrada) e a cauda parece aumentar. Isso ajuda a ave a planar com facilidade.
Distribuição Geográfica
Ocorre em todo o Brasil e tem uma vasta distribuição na América Latina.
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Referências
- SANTIAGO, R. G. Alma-de-gato ou Chincoã ( Piaya cayana ) Guia Interativo de Aves Urbanas, 30 jan. 2007. Disponível em: <http://www.giau.ib.unicamp.br/giau/visualizarMaterial.php?idMaterial=406>. Acesso em: 26 mai. 2014.
- Wikipedia - a enciclopédia livre - disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Alma-de-gato Acesso em 03 mai. 2009.
- FUNDEVAP - disponível em http://www.fundevap.org.br/Downloads/Ornitologia/Piaya_cayana-Alma-de-gato.pdfAcesso em 03 mai. 2009.
- SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.
- FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Christian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem, São Paulo: Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda, 3ª Edição, 2005.
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
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